quarta-feira, 11 de maio de 2011

Deixa eu ver se eu entendi direito... (Páscoa - parte 3)

Como disse no post "Mas Coelho não bota ovo", todos sabem que Jesus morreu pela humanidade, mas será que sabem por que? O que foi a "Paixão de Cristo", como muitos chamam?

Bem, eu não acho que a palavra certa seria "paixão", que geralmente é algo forte que desaparece em pouco tempo. Afinal, o sentimento de Cristo tem durado muito, muito tempo - e nunca terá fim.

Logo, a pergunta talvez deva ser: Por que me amou tanto assim?

Se observarmos os evangelhos, Jesus deixa bastante claro que não veio à Terra para salvar as pessoas que já eram justas e "certinhas" (Marcos 2:17), mas Ele veio exatamente para aqueles que estava totalmente errados, fazendo coisas erradas (consciente ou inconscientemente). E a parte mais legal é a forma como Jesus se dirigia a essas pessoas (os tais "pecadores"). Ele nem perguntava o nome da pessoa e já ia dizendo que ia almoçar ou jantar na casa dela. O cara nunca tinha visto Jesus, ele só se aproximou da multidão para ver o que estava acontecendo, a pessoa literalmente caía de balão no meio daquela bagunça, e Jesus já se convidava para entrar na casa da pessoa, para fazer churrasco, para jogar bola...

E como ele tratava essas pessoas?? Ele não vinha dar bronca e apontar os erros e defeitos, mas Ele compartilhava o que Ele tinha de melhor (a presença do Deus Pai) de tal forma que a atitude e o comportamento de Jesus despertava nas pessoas um desejo de serem amigos de Deus com uma intensidade e sinceridade de coração que ele nunca tiveram.

E o que estava acontecendo naquela época? Na sua Bíblia, há uma folha que divide o Velho e o Novo Testamento. Nesta pequena, fina e leve folha de papel, você pode escrever "391 ANOS", porque esse foi o período de silêncio de Deus. Imagina só. Você ora e não tem resposta. Você procura e não encontra nenhum sinal ou revelação de Deus para profetizar sobre o povo e guiá-lo.

Gerações e gerações cresceram ouvindo histórias incríveis de um Deus Todo Poderoso, Respeitável e Temível Criador, que nunca mais se fez presente na vida de ninguém (devido à maldade que havia no coração das pessoas e por rejeitarem a palavra de arrependimento anunciada pelos profetas).

Eu imagino que aconteceu com o povo judeu o que acontece com qualquer pessoa que tem seu país invadido e dominado por seis povos diferentes e que não vê Deus interferir em nenhuma dessas situações: perdeu-se a fé.

O povo tornou-se religioso e a Bíblia (o Velho Testamento, até então) deixou de ser o manual da vida para ser um livro de regras a ser seguido. Uma receita de bolo. E a intimidade com Deus foi perdida.

O que fazia multidões seguirem Jesus não era por reconhecerem-no como Filho de Deus (senão, todos estariam com Ele na crucificação), mas era pelos milagres que Ele realizava, pois era um mover que há séculos não era mais visto nas sinagogas nem nos templos. Os próprios sacerdotes se maravilhavam com os milagres e muitos líderes religiosos, por invejar o poder de Jesus, trabalharam até depois de Sua ressurreição para difamar Jesus e pôr em dúvida a origem de Seu poder e de Seus grandes feitos.

E hoje, Cristo se faz presente no mundo através das pessoas que O imitam, e Jesus nos enviou para fazer as mesmas obras que Ele fez e maiores ainda (João 14:12).

Agora... eu pergunto: a quem temos imitado? (Não faço essa pergunta apenas para quem é cristão, mas para todos os que acreditam em Deus, independente da religião ou crença, mesmo que você não frequente nenhuma igreja, centro ou congregação).

A quem temos imitado? Muitas vezes, somos como aqueles líderes das sinagogas. Sabemos o que é certo, mas fazemos o que é errado e, como se não bastasse, impedimos outras pessoas de caminhar no caminho certo.

Será que era isso o que Jesus queria de nós? Será mesmo que Ele morreu por nós para que continuássemos sendo mesquinhos e tão cabeça-dura?

Não podemos esquecer que todos nós temos defeitos e que, ao invés de apontar os erros dos outros, devemos corrigir primeiramente a nós mesmos. Ou não passaremos de religiosos que conhecem toda a teoria e não aplicam e nem vivem metade dela.

Medite nisso: Religiosidade ou sinceridade com Deus e consigo próprio?

E a gente volta a se falar no próximo post...

Beijos! :]
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Esta é uma mensagem dividida em 4 partes:
1. Feliz Páscoa... de verdade!
2. Mas coelho não bota ovo...
3. Deixa eu ver se eu entendi direito...
4. Por que me amou tanto assim?

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